terça-feira, fevereiro 02, 2010

Inventários Post-mortem - estâncias missioneiras gaúchas [séc. XVIII]


Os inventários que estão neste blog, são parte da minha dissertação de mestrado, "Uma história da fazendas pastoril no RS: das vacarias missioneiras à fazenda chimarrã luso-brasileira [1680-1780]".

São documentos originais, encontrados no Arquivo Público do RS. Datam a partir de 1768.




Nesses documentos foi possível encontrar as primeiras informações documentadas do início das estâncias sulinas, nas cidades de Rio Grande, Rio Pardo, Viamão e São José do Norte



A letra reboscuda dá uma noção da forma da escrita no Rio Grande do Sul colonial. Para identificar os bens inventariados, foi uma grande dificuldade, devido a letra, quase indecifrável.




Além da forma da escrita, chama a atenção a organização do inventário. Primeiro ocorria a nomeação do inventariante. Em seguida o Juiz determinava os responsáveis por fazer o levantamento do patrimônio e os beneficiados.



Foi encontrado nestes inventários, a descrição dos bens, como móveis, casas, potreros, campos, armas, plantações, animais e escravos.



Em geral eram fazendas que tinham uma quantidade pequena de animais, para a época, lavoura e um número grande de escravos. Esses escravos trabalhavam na lavoura e na lida com os animais.



Alguns inventários relatam o tipo de construção que os proprietários viviam. Os que registram informam que era uma casa de pau a pique [parede de barro] coberta de palha.

Nesses mesmos documentos temos a idade, sexo, nacionalidade e função que os escravos desempenhavam na estância.



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