O escravismo
Desde o início da exploração estrangeira no Brasil, introduzindo novas culturas, como cana-de-açúcar, o problema com a mão-de-obra se fez sentir nas lavouras. Inicialmente os portugueses usaram os gentios da terra. Porém estes nativos consideravam humilhante executar atividades agrícolas que competiam às mulheres. Os jovens guerreiros não se submetiam a esse tipo de vida, acabando fugindo ou suicidando-se.
Os portugueses recorreram ao trabalho escravo vindo da áfrica. No início do século XVI começaram a desembarcar no Brasil os primeiros cativos africanos. Foram enviados primeiramente, para as lavouras de cana no nordeste, em seguida para a exploração minas de ouro em Minas Gerais e por fim distribuídos em todo o litoral brasileiro. Varia muito o número exato de africanos trazidos para o Brasil. Estima-se seja entre quatro e cinco milhões de africanos escravizados.
A escravidão no Paraná
O regime escravocrata instalou-se no início da mineração de ouro no litoral paranaense. Os aventureiros que vinham para extrair o metal precioso não ganhavam grandes vultos em dinheiro, dificultando a compra de trabalhador escravizado. Paralelamente ao cativo, existiam inúmeros trabalhadores livres, que trabalhavam não como empregados, mas membros de famílias numerosas.
No final século XVIII, a medida que caía a mineração, o cativo era redirecionado para a as fazendas agrícolas e de pecuária. A atividade com gado ligou a economia paranaense com o restante do país. A mão-de-obra escravizada foi a base para o desenvolvimento da pecuária nos Campos Gerais (nordeste do Paraná) e Campos de Curitiba (a leste do estado).
O episódio Cormorant
Em 1845, a Inglaterra aprovou a lei Bill Aberdeen, que permitia a perseguição britânica a qualquer navio brasileiro que traficavam escravos, mesmo em águas nacionais. Em junho de 1850, o cruzador britânico Cormorant entrou na baia de Paranaguá, realizando algumas prisões de navios traficantes. Inconformados pela violação, parnaguaras organizaram um revide, usando a fortaleza da Ilha do Mel. Ao passar pela fortaleza foi ouvido o primeiro disparo contra o navio inglês, que danificado conseguiu escapar e se colocar fora do alcance dos canhões. O fim da escravidão no Brasil e no Paraná em 1888 contribuiu para que a nova mão-de-obra ocupasse seu espaço: os imigrantes.
Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres de Paranaguá
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