A crise do nosso sistema, escancarado nas últimas semanas com a onda de ataques que a facção criminosa PCC promoveu no estado de São Paulo, é o ápice da degeneração das instituições do país.
Reflete uma realidade mascarada na sociedade, defasada e incapaz de resolver os problemas mínimos que a população, sobretudo pobre, necessita para viver, como salário digno, moradia e educação.
Porém o mais relevante nisto tudo é saber que tanto as esferas municipal, estadual e federal, assim como o executivo, legislativo e judiciário passam pelo mesmo fenômeno, de antipatia, descrença e inúteis.
Os exemplos são cada vez mais claros e evidentes, senão vejamos: Em Passo Fundo, o legislativo municipal é pego de surpresa pela imprensa, flagrados lendo jornal em plena sessão semanal, demonstrando desrespeito a comunidade senão aos próprios colegas de vereança. Os vereadores que deveriam estar trabalhando para a comunidade, elaborando leis, que melhorassem nossas vidas não dão a mínima, preocupando somente em aprovar moções a organizações dos mais diversos setores do município, que tem todo o direito de receber. Passam sessões e mais sessões renomeando ruas, praças, dando medalhas a “cidadãos honorários”, que comparando com as prioridades que a população necessita, não tem significativa importância. Basta perguntarmos aos moradores do Bairro Zacchia que estão esperando que a prefeitura cumpra sua parte na estruturação do bairro recém ocupado o que eles pensam sobre isto.
No Estado o governador Rigotto apresenta uma proposta de reajuste do piso mínimo estadual em míseros 6,67%, vira as costas para os pequenos agricultores e demonstra sua incompetência com as estradas cada vez mais esburacadas. Estas somente ficam transitadas naquelas que estão privatizadas, fortalecendo a política do tem que pagar para andar. A educação sofreu mais um ataque neste ano com a intransigência do governador em manter a política de desvalorização da categoria, da mesma forma que a segurança pública começa a dar sinais que a influencia de São Paulo e Rio de Janeiro.
Já no âmbito federal vimos que a corrupção do governo Lula é a maior que já se registrou na nossa recente história democrática. O tal famigerado “Valérioduto” esganiçou os cofres públicos de uma forma violenta, fazendo com que Geogina Vidor, Juiz Lalau, Collor de Mello são pequenas raposas nesta floresta de leões. O projeto petista era desviar dinheiro público na casa do bilhão, mantendo-se no poder pelo menos em mais quatro gestões. Neste episódio o corporativismo parlamentar prevaleceu entre os pares. Um a um foram sendo absolvidos sob o olhar da legitimidade. O réu confesso do seu crime, João Paulo Cunha, que admitiu que usou o dinheiro do valérioduto, foi amasiado com ampla maioria.
Quando todos os deputados acreditavam que a maré ruim da corrupção estava sendo esquecida, surge mais uma bomba no Planalto Central. Aqueles deputados que posavam como baluartes da moral e da ética e que no início da crise Lula estavam esquecidos dos holofotes da corrupção reapareceram através da operação sanguessuga, que super faturava a venda de ambulâncias para os municípios no interior do Brasil.
Desta vez entrou o que faltava dos corruptos para completar a lista de mais e mais deputados envolvidos em desvio de dinheiro público.
Outra instituição que não tem apoio popular, a Justiça, tratou de manter sua péssima reputação, reforçando a regra de defender os ricos e prender os pobres. O país assistia estarrecida como era a malha de corrupção construída pelo PT em Brasília, e o que mais desejávamos era a prisão para os lapidadores de cofres públicos. A CPIzza chamava os envolvidos para deporem, estes recebiam hábeas corpus preventivo do Supremo Tribunal Federal para que pudessem omitir a verdade e se recusar em responder o que a sociedade gostaria de saber.
Do ponto de vista legal a Justiça estava correta, mas sob o aspecto moral cumpriu um desserviço a população brasileira. Auxiliou para que estes criminosos rissem da cara do trabalhador brasileiro e saíssem completamente ilesos para suas casas, continuando a sua libação particular.
A opinião pública que em nosso país sempre teve uma força importante fora definitivamente jogada no lixo. As cenas a seguir no Congresso Nacional mereciam ser tratadas como um filme de comédia se não fosse uma tragédia. O cinismo e o descaradamento foram marcas assíduas por parte dos interrogados.
Para fechar com chave de ouro, bandidos ligados ao Comando Vermelho no Rio de Janeiro roubam armas do nosso “grande” exército. A única forma que os generais encontraram para que este armamento retornasse aos quartéis foram acordos espúrios com os integrantes desta facção criminosa. O tal Estado de Direito foi mais uma vez ignorado. O pior estava por vir com os últimos ataques do PCC na maior cidade da América Latina. Como uma forma de medir forças com Estado, esta organização do crime desencadeou diversas incursões contra trabalhadores e militares, assassinando inocentes, incendiando ônibus e depredando escolas. A PM sem saber o que fazer e para onde ir, primeiro assassinou outros inocentes. Depois procurou novamente realizar acordos com os bandidos. Um representante do governo, um coronel, uma representante de uma ONG, criada pelos marginais, foram de helicóptero para o presídio em Presidente Bernardes. Chegando lá reuniram as principais lideranças e em troca da integridade física destes e mais algumas dezenas de televisores, para os presos assistirem Galvão Bueno gritar “vai Ronaldinho Gaúcho” a rebelião em diversos presídios assim como os ataques aos militares cessaram.
A pá de cal nesta estrutura toda detonada, foi a inoperância da Polícia, Justiça e todos os Parlamentos, quando da exigência das operadoras de telefonia celular para colocarem bloqueadores de sinal para inviabilizar a ligação de dentro dos presídios.
Significa dizer que mesmo após tudo o que ocorreu, o Estado ainda não consegue barrar a entrada de celulares para os presídios. Seja por conta de acordos que tem que manter, seja por que há policiais e carcereiros corruptos dentro destas instituições penais. O crime organizado cresce aliciando cada vez mais jovens que estão a margem da sociedade, esquecidos pelos vereadores, deputados e governos. Crianças vêem que a única presença do estado nas favelas é a polícia militar, que rotineiramente trucida a população negra e pobre.
Incrivelmente percebermos que as instituições burguesas criadas pela burguesia para combater os trabalhadores, agora se vêm numa esquina perigosa da vida. No Brasil, a única instituição que é reconhecidamente respeitada é o jogo do bicho.
Estamos ou não numa falência múltipla dos órgãos?
Reflete uma realidade mascarada na sociedade, defasada e incapaz de resolver os problemas mínimos que a população, sobretudo pobre, necessita para viver, como salário digno, moradia e educação.
Porém o mais relevante nisto tudo é saber que tanto as esferas municipal, estadual e federal, assim como o executivo, legislativo e judiciário passam pelo mesmo fenômeno, de antipatia, descrença e inúteis.
Os exemplos são cada vez mais claros e evidentes, senão vejamos: Em Passo Fundo, o legislativo municipal é pego de surpresa pela imprensa, flagrados lendo jornal em plena sessão semanal, demonstrando desrespeito a comunidade senão aos próprios colegas de vereança. Os vereadores que deveriam estar trabalhando para a comunidade, elaborando leis, que melhorassem nossas vidas não dão a mínima, preocupando somente em aprovar moções a organizações dos mais diversos setores do município, que tem todo o direito de receber. Passam sessões e mais sessões renomeando ruas, praças, dando medalhas a “cidadãos honorários”, que comparando com as prioridades que a população necessita, não tem significativa importância. Basta perguntarmos aos moradores do Bairro Zacchia que estão esperando que a prefeitura cumpra sua parte na estruturação do bairro recém ocupado o que eles pensam sobre isto.
No Estado o governador Rigotto apresenta uma proposta de reajuste do piso mínimo estadual em míseros 6,67%, vira as costas para os pequenos agricultores e demonstra sua incompetência com as estradas cada vez mais esburacadas. Estas somente ficam transitadas naquelas que estão privatizadas, fortalecendo a política do tem que pagar para andar. A educação sofreu mais um ataque neste ano com a intransigência do governador em manter a política de desvalorização da categoria, da mesma forma que a segurança pública começa a dar sinais que a influencia de São Paulo e Rio de Janeiro.
Já no âmbito federal vimos que a corrupção do governo Lula é a maior que já se registrou na nossa recente história democrática. O tal famigerado “Valérioduto” esganiçou os cofres públicos de uma forma violenta, fazendo com que Geogina Vidor, Juiz Lalau, Collor de Mello são pequenas raposas nesta floresta de leões. O projeto petista era desviar dinheiro público na casa do bilhão, mantendo-se no poder pelo menos em mais quatro gestões. Neste episódio o corporativismo parlamentar prevaleceu entre os pares. Um a um foram sendo absolvidos sob o olhar da legitimidade. O réu confesso do seu crime, João Paulo Cunha, que admitiu que usou o dinheiro do valérioduto, foi amasiado com ampla maioria.
Quando todos os deputados acreditavam que a maré ruim da corrupção estava sendo esquecida, surge mais uma bomba no Planalto Central. Aqueles deputados que posavam como baluartes da moral e da ética e que no início da crise Lula estavam esquecidos dos holofotes da corrupção reapareceram através da operação sanguessuga, que super faturava a venda de ambulâncias para os municípios no interior do Brasil.
Desta vez entrou o que faltava dos corruptos para completar a lista de mais e mais deputados envolvidos em desvio de dinheiro público.
Outra instituição que não tem apoio popular, a Justiça, tratou de manter sua péssima reputação, reforçando a regra de defender os ricos e prender os pobres. O país assistia estarrecida como era a malha de corrupção construída pelo PT em Brasília, e o que mais desejávamos era a prisão para os lapidadores de cofres públicos. A CPIzza chamava os envolvidos para deporem, estes recebiam hábeas corpus preventivo do Supremo Tribunal Federal para que pudessem omitir a verdade e se recusar em responder o que a sociedade gostaria de saber.
Do ponto de vista legal a Justiça estava correta, mas sob o aspecto moral cumpriu um desserviço a população brasileira. Auxiliou para que estes criminosos rissem da cara do trabalhador brasileiro e saíssem completamente ilesos para suas casas, continuando a sua libação particular.
A opinião pública que em nosso país sempre teve uma força importante fora definitivamente jogada no lixo. As cenas a seguir no Congresso Nacional mereciam ser tratadas como um filme de comédia se não fosse uma tragédia. O cinismo e o descaradamento foram marcas assíduas por parte dos interrogados.
Para fechar com chave de ouro, bandidos ligados ao Comando Vermelho no Rio de Janeiro roubam armas do nosso “grande” exército. A única forma que os generais encontraram para que este armamento retornasse aos quartéis foram acordos espúrios com os integrantes desta facção criminosa. O tal Estado de Direito foi mais uma vez ignorado. O pior estava por vir com os últimos ataques do PCC na maior cidade da América Latina. Como uma forma de medir forças com Estado, esta organização do crime desencadeou diversas incursões contra trabalhadores e militares, assassinando inocentes, incendiando ônibus e depredando escolas. A PM sem saber o que fazer e para onde ir, primeiro assassinou outros inocentes. Depois procurou novamente realizar acordos com os bandidos. Um representante do governo, um coronel, uma representante de uma ONG, criada pelos marginais, foram de helicóptero para o presídio em Presidente Bernardes. Chegando lá reuniram as principais lideranças e em troca da integridade física destes e mais algumas dezenas de televisores, para os presos assistirem Galvão Bueno gritar “vai Ronaldinho Gaúcho” a rebelião em diversos presídios assim como os ataques aos militares cessaram.
A pá de cal nesta estrutura toda detonada, foi a inoperância da Polícia, Justiça e todos os Parlamentos, quando da exigência das operadoras de telefonia celular para colocarem bloqueadores de sinal para inviabilizar a ligação de dentro dos presídios.
Significa dizer que mesmo após tudo o que ocorreu, o Estado ainda não consegue barrar a entrada de celulares para os presídios. Seja por conta de acordos que tem que manter, seja por que há policiais e carcereiros corruptos dentro destas instituições penais. O crime organizado cresce aliciando cada vez mais jovens que estão a margem da sociedade, esquecidos pelos vereadores, deputados e governos. Crianças vêem que a única presença do estado nas favelas é a polícia militar, que rotineiramente trucida a população negra e pobre.
Incrivelmente percebermos que as instituições burguesas criadas pela burguesia para combater os trabalhadores, agora se vêm numa esquina perigosa da vida. No Brasil, a única instituição que é reconhecidamente respeitada é o jogo do bicho.
Estamos ou não numa falência múltipla dos órgãos?
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